domingo, 29 de setembro de 2013

Minha Estante...

Minha pequena estante, meu cantinho. Já está quase sem espaço, logo terei que arrumá-la.
Vão ver alguns origamis enfeitando ela, é que eu amo origamis e todos os que aparecem nas fotos foram feitos por mim...

Esse pote rosa aí é meu porta-marcador. 

 
Deu para perceber que eu amo rosa, não é?



A estante é meio velha, por isso tem algumas marcas. Para disfarçar
colei alguns adesivos, mas não melhorou muito o aspecto não.

Minha mãe, muito prática, uniu duas estantes pequenas criando uma média,
onde posso guardar meus livros, mangás e DVDs.

sábado, 28 de setembro de 2013

[Resenha] Assassinato Real

Assassinato Real
Autora: Jean Plaidy
Editora: Record
Ano: 2000
Tradução: Sylvio Gonçalves
Pgs: 523
Minha Resenha:
Quando ainda era criança, Ana e os irmãos, George e Mary, viviam sob os cuidados da criada da família Bolena, Simonette. Desde bem cedo, Ana e George mostravam sinais de sua inteligência, diferente de Mary, que sempre fora um pouco tola e desligada.
Ainda bem jovem Ana foi enviada para a corte da França, onde estava sua irmã, acompanhando a irmã do rei, Maria Tudor, que iria se casar com o idoso rei francês. Na corte francesa, Ana fez amizade com Marguerite, irmã do futuro rei Francis I, uma mulher extremamente culta que teve grande influência sobre Ana nesses anos na França. Enquanto Francis passava o tempo cortejando belas mulheres, a jovem rainha Maria, não apenas tentava dar um filho ao marido como também tentava seduzir Francis. Mas apesar de mulherengo, Francis contava com uma mãe e uma irmã inteligentes e ambiciosas, que não deixariam que a inglesa conseguisse o que queria e rezavam para que ela não tivesse um filho.
Bem, as preces das duas damas foram atendidas e Francis se tornou rei, após a morte do velho marido francês de Maria Tudor, o rei Luis, ela foi enviada de volta para a Inglaterra. Mas Ana, que era, então, adorada na corte francesa ficou na França por mais algum tempo.
Quando houve a reunião entre Henrique VIII da Inglaterra e Francis I da França, Ana fez parte da comitiva francesa. Durante a reunião, Ana encontrou sua irmã Mary, que havia voltado bem antes para a Inglaterra devido ao seu comportamento inadequado. Ana desaprovou os modos da irmã, o que irritou Mary. Mais tarde Mary encontrou com Henrique por acaso, que encantado pela beleza da jovem, iniciou um caso com ela naquele mesmo dia. O caso de Mary com rei, apesar de desaprovado por Ana, rendeu vários benefícios à família Bolena, o que deixe seu pai ambicioso muito feliz.
Na época em que retornou para Inglaterra, sabendo do caso de Mary com o rei, ficou com a família no castelo de Hever temporariamente. Foi onde conheceu pessoalmente Henrique, que acreditando que a jovem não o reconhecera, conversara com a jovem.
“A vida na corte inglesa oferecia uma grande variedade de entretenimento, e a chegada de uma dama vivaz e estonteante como Ana Bolena não podia passar despercebida” Pg. 63
Depois desse encontro, Henrique começou a pensar cada vez mais na bela jovem que conhecera no castelo de Hever, percebeu estar apaixonado e faria qualquer coisa para tê-la. Quando Ana se tornou uma das aias da rainha Catarina, Henrique pensou que essa poderia ser sua chance, mas estava enganado. Ana não estava interessada em ser amante de ninguém e já havia lhe dito isso.
“-Eu não entendo, poderoso rei, como Vossa Majestade pode continuar com tais esperanças. Sua esposa eu jamais poderia ser, tanto em respeito à minha própria falta de valor e também porque já tem uma rainha – E então Ana acrescenta a frase mais perturbadora de todas: - E sua amante eu jamais seria!” Ana Bolena, Pg. 107
Na corte, Ana conheceu e se apaixonou pelo jovem Percy. Ambos se encontravam sempre que podiam e prometeram que iriam se casar. Porém, Henrique percebeu a aproximação dos dois e não gostou nada disso. Mandou que Wolsey, seu fiel conselheiro, cuidasse do assunto, já que o rapaz era de sua responsabilidade. Wolsey convenceu Percy de que casar com uma jovem como Ana Bolena não era uma boa idéia, só lhe causaria problemas. Percy, fraco e pouco determinado, cedeu e foi enviado para longe. Desolada, Ana não conseguiu acreditar de imediato que Percy desistira dela. Após ser enviada de volta ao castelo de Hever, ela esperou que Percy fosse vê-la, mas ele nunca foi. Não demorou para ela perceber a verdade, apesar de muito decepcionada, ela superou o acontecido com a ajuda de seu irmão e amigos. De fato, quem atrapalhou o relacionamento de Ana com Percy, além da fraqueza do próprio, foi o rei, mas sem saber desse detalhe, ela culpou principalmente Wolsey, a quem começou a desprezar profundamente. Mais tarde, Wolsey perceberia o erro de ter tornado aquela jovem sua inimiga, menosprezando-a.
“O Cardeal chorou. O Cardeal implorou. O Cardeal empregou todos os seus dons raros para dissuadir o rei. Mas Henrique estava mais determinado neste projeto do que em qualquer outro de sua vida.” Pg. 143
Outro que quase conquistou Ana foi seu amigo Wyatt, mas como ele já era comprometido, apesar da admiração mútua, Ana não quis iniciar um relacionamento. Nessa época, o rei já vinha tentando se aproximar cada vez mais de Ana, tentando conquistá-la. Ana, que sempre gostou de receber atenção, ser apreciada e admirada, começou a perceber que ter um rei apaixonado por ela não seria ruim. Foi então, que o relacionamento dos dois realmente começou.
“Então você abandonou
Aquele que a amou por tanto tempo
Na riqueza e na tristeza.
Onde conseguiu um coração tão duro
Para me tratar assim?”
Wyatt, Pg. 149
No início, Ana não cedia às tentativas de Henrique por mais intimidade. Mas depois que os planos do divórcio dele de Catarina já estavam avançando, ela acabou cedendo. Levaria anos antes de Henrique decidir de fato cortar relações com a Igreja, e se casar oficialmente com Ana, o que ocorreu principalmente devido ao fato de Ana estar grávida.
“A felicidade é uma questão de comparação. Eu nunca conheci uma felicidade realmente completa, porque naquela época meu corpo estava em agonia, e agora eu mal sei se tenho um corpo, e isso por si só já é o bastante.” Ana Bolena, Pg. 273
Porém, após se tornar rainha, os problemas de Ana apenas começaram, ainda mais quando a criança nasceu e não era o tão esperado menino. Com muitos inimigos na corte, Ana e seu irmão tinham de ter muito cuidado com o que diziam e faziam. Com a incapacidade de Ana de gerar um filho deixando o rei cada vez mais nervoso, Ana e George estavam em uma situação extremamente complicada. Com a tensão mexendo com seus nervos, Ana cometeu o erro de demonstrar sua irritação e desaprovação pelas traições do marido, o que serviu apenas para afastá-lo ainda mais dela. Quando Ana finalmente percebeu o erro que estava cometendo e mudou de postura já era tarde, Henrique já havia se encantado pela sua oposta, Jane Seymor, e começou a pensar em como se livrar dela para colocar a nova amante em seu lugar.
“Ele já sofrera humilhação suficiente para partir o coração de um homem orgulhoso. O Cardeal muito fizera por Henrique e ele o tratava assim; Mas o jovem Henry Norris, por quem Wolsey nada fizera, tratara-o com compaixão.” Pg. 193
“Alguém acendera uma tocha. Outra se acendeu, e mais outra. Ao brilho bruxuleante das chamas, os rostos das mulheres tomavam a semelhança de caras de animais. Havia cupidez em cada rosto... e crueldade, ciúme, inveja...” Pg. 218 

“Se o molde dos tiranos impiedosos tivesse sido perdido,
o mundo o teria recuperado neste rei.” Sir. Walter Raleigh

 “Conspurcado foi meu nome

Por embustes e perjúrios;
Apenas resta-me dizer
Adeus à alegria, adeus à paz.
 Feriram minha honra,
Julgaram-me com injustiça;
Podem procurar onde lhes apetecer,
Contra mim nada encontrarão.”

Ana Bolena presa na Torre de Londres
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Minha Opinião:
Fiquei fã do trabalho da Jean Plaidy depois que li A batalha das rainhas, parte da saga sobre os Plantagenetas. Desde então já li uns quatro livros dela e nenhum me decepcionou. De início, esse livro me interessou, não só por causa da autora, mas também porque gosto de ler sobre a corte dos Tudor, principalmente sobre Ana Bolena, suas sucessoras e a Rainha Elizabeth I. Esse é um período fascinante, pelo menos para mim, e com muitos exemplos de mulheres fortes, inteligentes e determinadas, mas de formas diferentes. Admito que admiro Ana Bolena e sua filha Elizabeth I, elas foram grandes mulheres e marcaram suas épocas.
Com a maior parte da história focada em Ana Bolena, sua ascensão e sua queda, com alguns momentos, intercalados na história, focados em Catarina Howard, prima de Ana, o livro conta essa história tão conhecida sob um ponto de vista feminino. O que Ana poderia ter pensado realmente de Henrique VIII, seus medos, sua relação com o irmão e como conseguiu suportar os períodos tensos e sombrios que antecederam sua queda numa corte cheia de inimigos ambiciosos. Enquanto vemos a luta de Ana para subir e permanecer no topo, a jovem Catarina Howard aproveitava certa liberdade, sob a proteção negligente da duquesa-mãe.
Para quem gosta de romances históricos, esse e outros livros que já mencionei acima, eu recomendo. São excelentes leituras, e nas dão uma amostra de como foi a vida de personagens tão fascinantes.

Por Favor, Comentem!!

Personagens Históricos: Imperatriz Myeongseong da Coréia - Parte I

Personagens como Elizabeth I, Ana Bolena e Maria Antonieta nós conhecemos razoavelmente bem. Em geral, a maioria dos personagens históricos que conhecemos, além dos nacionais (obviamente) que estudamos nos colégio, ou são europeus ou são americanos. Como, por exemplo, George Washington e JFK, além dos que já citei acima. Porém, há personagens impressionantes, seja por suas histórias, seus feitos ou o modo como pereceram, em países que conhecemos pouco, ou apenas superficialmente, como a China, o Japão e a Coréia, por exemplo.
Então, para começar, vou escrever sobre uma das personagens que, por diversas razões, eu mais admiro e cuja vida se assemelha bastante a de Maria Antonieta, apesar de suas personalidades serem bem diferentes... Imperatriz Myeongseong da Coréia.
Antes de começar, preciso explicar algumas coisas:
  1. Assim como os monarcas chineses, os monarcas coreanos e suas consortes recebiam nomes póstumos, pelos quais são mais conhecidos (por exemplo: Yi San -> Rei Jeongjo). No caso das consortes, é um pouco diferente de seus maridos. Enquanto reinavam eram referidas apenas pelo título e o nome do clã (por exemplo: Rainha Min), e quando morriam recebiam um nome póstumo (exemplo: Rainha Inhyun). Por causa disso, não se sabe o nome pessoal delas, ou seja, aquele dado pelos pais, já que esses nomes nunca eram registrados e elas, como consortes, nunca eram chamadas por eles.
  2. Após a unificação da península coreana, com o fim do período dos 3 reinos (não confundir com o período chinês de mesmo nome) de Shilla, Goguryeo e Baekje, houve ainda mais quatro períodos diferentes: Shilla Unificada, Goryeo, Joseon e Império Coreano. Este último durou pouquíssimo tempo, sendo seguido pelo período de Dominação Japonesa, Governo Provisório e Divisão em Norte e Sul. A imperatriz Myeongseong viveu nos últimos anos da Dinastia Joseon, sendo que recebeu seu nome póstumo de acordo com o Império Coreano, fundado pelo seu marido, Gojong.
Imperatriz Myeongseong da Coréia


Nascimento: 19 de Outubro de 1851 no Condado Yeoju, Província Gyeonggi, Joseon
Morte: 8 de Outubro de 1895 (aos 43 anos) no Pavilhão Okhoru, Geoncheonggung, Palácio Gyeongbok, Seoul, Joseon.
Pai: Min Chi-rok
Mãe: Senhora Hanchang do clã Yi
Marido: Rei Gojong de Joseon
Filhos: um filho, uma filha, Imperador Sunjong do Império Coreano, um filho, um filho.
Nome Póstumo: Hyoja Wonseong Jeonghwa Hapcheon Honggong Seongdeok Myeongseong Taehwanghu (A Filial e Benevolente, A Origem da Santidade, A Apropriada em Mudanças, A Unificadora dos Céus, A Imensamente Louvável e A Sinceramente Virtuosa Grande Imperatriz Consorte Myeongseong - 효자원성정화합천홍공성덕명성태황후)
Reinado: 1º de Novembro de 1873 – 1 de Julho de 1894 (20 anos e 242 dias);
6 de Julho de 1895 – 10 de Outubro de 1895 (96 dias)


·         Fim de uma Era:
No outono de 1864, Yi Myeong-Bok, com 12 anos na época, foi coroado o novo rei do reino de Joseon, com seu pai intitulado Heungseon Daewongun (Grande Príncipe Interno) atuando como regente em seu nome.
O fortemente confucionista Heungseon Daewongun provou ser um líder sábio e calculista nos primeiros anos do reinado do filho. Dentro de poucos anos ele foi capaz de assegurar o controle total da corte e eventualmente recebeu a submissão do clã Pungyang Jo, um dos mais poderosos da época, enquanto eliminou com sucesso os últimos do clã Andong Kim, cuja corrupção, ele acreditava, era responsável por arruinar o país.
·         Uma nova rainha:
A futura imperatriz nasceu na aristocrática família Min do ramo Yeoheung em 19 de outubro de 1851, no Condado de Yeoju, na Província de Gyeonggi (de onde se originou o clã).
O Yeoheung Min era um clã nobre, vangloriando-se de muitos burocratas altamente posicionados em seu ilustre passado, tendo até mesmo 2 rainhas consortes: Rainha Wongyeong (esposa do Rei Taejong e mãe de Sejong) e Rainha Inhyun (esposa do Rei Sukjong e uma das mais retratadas em dramas da Coréia do Sul).
Filha de Min Chi-Rok é como a imperatriz era conhecida antes do casamento. Alguns relatos ficcionais a nomeiam Min Já-Yeong, mas isso não foi confirmado por fontes históricas. Aos 8 anos, seus pais morreram. Pouco se sabe sobre sua mãe, sua infância, ou as causas das mortes prematuras de seus pais.
Quando Gojong atingiu os 15 anos de idade, seu pai decidiu que era hora dele se casar. Ele foi diligente em encontrar uma rainha sem parentes próximos, que se nutririam de ambições políticas e ainda tivesse uma linhagem nobre, a fim de justificar sua escolha para a corte e as pessoas. As candidatas foram rejeitadas, uma a uma, até que a esposa de Daewongun (Yeoheung Budaebuin: Princesa Consorte do Príncipe da Grande Corte) e sua mãe propuseram uma noiva de seu próprio clã (Yeoheung Min). As descrições, por sua esposa e sua mãe, da menina foram bastante persuasivas: órfã, bonita, corpo saudável, nível habitual de ensino (não menor do que o mais nobre do país).
A noiva já tinha sido submetida a um rigoroso processo de seleção, culminando no encontro com Daewongun em 6 de março, e em 20 de março de 1866, a menina, com quase 16 anos, se casou com o rei menino e foi investida em uma cerimônia (chaekbi) como rainha consorte de Joseon. Dois lugares registraram reclamações no casamento e ascenção:
  1. Salão Injeong no Palácio Changdeok
  2. Salão Norak no Palácio Unhyeon
Sabe-se que a peruca, que normalmente era usada pelas noivas reais nos casamentos, era tão pesada que uma senhora alta da corte foi especialmente designada para apoiá-la pelas costas da nova rainha. A cerimônia de casamento mal acabou, quando outra cerimônia de três dias para reverenciar os ancestrais foi iniciada.
Os funcionários mais antigos logo perceberam que a nova rainha consorte era uma jovem firme e ambiciosa, ao contrário das outras rainhas que vieram antes dela. Ela não participava de festas luxuosas, raramente encomendava modelos extravagantes dos ateliês reais, e quase nunca realizava festas de chá da tarde com as senhoras poderosas da aristocracia e as princesas de diferentes famílias reais, a menos que a política requeresse à ela. Como rainha consorte, era esperado que ela atuasse como um ícone para a alta sociedade de Joseon, mas ela rejeitou esta crença. Ela, pelo contrário, lia livros reservados para homens e aprendeu sozinha filosofia, história, ciência, política e religião.
·         Dominação da Corte:
Mesmo sem os pais, a rainha consorte (como era conhecida) foi capaz de formar secretamente uma poderosa facção contra seu sogro, Daewongun, logo que chegou a idade adulta. Aos 20 anos, ela começou a andar fora de seu aposento no palácio Changgyeong e desempenhar um papel ativo na política. Ao mesmo tempo, ela defendeu seu ponto de vista contra os altos funcionários que viam-na como alguém se tornando demasiado intrometida. Daewongun também estava incomodado com a agressividade da rainha consorte.
A luta política entre a rainha consorte e Daewongun tornou-se pública quando o filho que ela deu a luz, em 1871, morreu prematuramente. Daewongun declarou publicamente que a rainha consorte foi incapaz de carregar uma criança saudável do sexo masculino, enquanto que ela o culpou por ter levado muito ginseng para ela. Ele recomendou a Gojong ter relações com uma concubina real, Lee Kwi-in de Yeongbo. Em 16 de abril de 1868, a concubina deu À luz um menino saudável, Príncipe Wanghwa, a quem Daewongun intitulou como príncipe herdeiro.
A rainha consorte respondeu com uma poderosa facção de altos funcionários, acadêmicos e membros de seu clã para derrubar Daewongun do poder. Min Seung-Ho, um dos parentes da rainha, com o estudioso da corte Choe Ik-Hyeon, escreveram uma impugnação formal de Daewongun para ser apresentado ao Conselho Real de Administração, argumentando que Gojong, então com 22 anos, devia governar em seu próprio nome. Com a aprovação de Gojong e do Conselho Real, Daewongun foi obrigado a abandonar a sua propriedade em Yangju em 1872 (Hah, ela acabou com ele). Ela, então, baniu a concubina real e seu filho para uma aldeia nos arredores da capital, despojados de seus títulos reais. A criança morreu logo depois, em 1880, e alguns tinham acusado a rainha de envolvimento.
Com a retirada de Daewongun e a expulsão da concubina e seu filho, a rainha consorte ganhou o controle completo de sua corte, colocando sua família em cargos superiores na corte. Esta ação mostrou que ela era uma rainha consorte que governava com o marido, mas era nitidamente mais ativa politicamente de que seu marido era.
·         O ‘Reino Eremita’ emerge:
Após a recusa de Joseon para receber os enviados japoneses anunciando a Restauração Meiji (ou seja, a derrubada do xogunato e restauração do poder imperial), alguns aristocratas japoneses favoreceram uma invasão imediata de Joseon, mas a idéia foi logo descartada depois do retorno da missão Iwakura, alegando que o novo governo japonês não era nem politicamente nem fiscalmente estável o suficiente para iniciar uma guerra. Quando Daewongun foi afastado da política, o Japão renovou os esforços para estabelecer laços com Joseon, mas o enviado imperial que chegou a Dongnae em 1873, foi rejeitado novamente.
O governo japonês, que procurou imitar a tradição dos impérios europeus de fazer cumprir os chamados Tratados Desiguais, respondeu enviando o encouraçado japonês Unyo para Busan e outro encouraçado para a baía de Yeongheung sob o pretexto de inspecionar as rotas marítimas, pressionando Joseon a abrir suas portas. O Unyo se aventurou em águas restritas da Ilha Ganghwa, provocando um ataque da costa coreana. O Unyo fugiu, mas os japonese usaram o incidente como pretexto para forçar um tratado com o governo coreano. Em  1876, seis navios de guerra e um enviado imperial japonês foram para a ilha Ganghwa para executar esse comando.
A maioria da corte real favoreceu o isolamento absoluto, mas o Japão tinha demonstrado a sua vontade de usar a força. Após inúmeras reuniões, os funcionários da corte foram enviados para assinar o tratado de ganghwa, um tratado que tinha sido modelado de acordo com os tratados de impostos sobre o Japão pelos EUA. O tratado foi assinado em 1876, abrindo assim Joseon para o Japão. Várias portas foram forçadas a se abrir para o comércio japonês, que naquele momento tinham direito de comprar terras em áreas designadas. O tratado também possibilitou a abertura de Incheon e Wonsan aos comerciantes japoneses. Pelos primeiros anos, o Japão possuiu um monopólio quase total do comércio, enquanto os comerciantes de Joseon sofreram sérias perdas.

Lado de fora do museu na cidade natal da imperatriz Myeongseong
Continua na Parte II...

Fontes:

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Tirinha 4...

Imagem: Sword & Flower

[Kdrama 2013] Jang Ok Jung - Resumo do Episódio 03


Após o treinamento, Sukjong fica sabendo que os coletes do seu exército é muito fraco e, de fato, não protegeria seus homens contra armas de fogo. Ele fica, então, desconfiado de um desvio nas verbas destinadas ao exército real.
Ao conversar com o tio, Sukjong não fica muito interessado, mas acaba sendo convencido a aprecer na festa na casa do tio. Durante a festa, Sukjong acaba se encontrando por acaso com Ok Jung, que compareceu a festa por requisição do Príncipe Dong Pyeong e insistência do Senhor Jang. Na festa também estavam presentes a Senhorita Min e a Senhorita Kim, que conversavam bastante. No momento em que começa a estourar os fogos de artifício, Ok Jung e a Senhorita Min se encontram acidentalmente e reconhecem uma a outra.


Quando Ok Jung e uma amiga vêem o anuncio de que o exército precisa de novos coletes, Ok Jung tem uma idéia. Ela decide aceitar o desafio e criar um colete eficaz, desse modo poderá poder sua dívida e salvar sua mãe da escravidão. Depois de fazer um acordo com o tio, Senhor Jang, ela começa a trabalhar em seu colete. Enquanto isso, o príncipe Dong Pyeong consegue, secretamente, armas de fogo e as mostra para Sukjong que fica empolgado com a possibilidade de trazer de volta para a corte um homem misterioso.
Na corte, as Senhoritas Min e Kim se preparam para conhecer a rainha. Muito nervosa, Senhorita Kim exagera no chá, o que a deixa numa situação bastante constrangedora quando a rainha e a filha chegam. Depois de deixar a Senhorita Min com a rainha e a princesa, a Senhorita Kim encontra-se por acidente com Sukjong e se apaixona à primeira vista. Ansiosa por impressionar Sukjong, a Senhorita Kim pede ajuda à Ok Jung na seleção da princesa herdeira.


Durante a seleção inicial ocorre um acidente com a saia da Senhorita Kim e Ok Jung tem que se apressar para ajudá-la, mas graças à Sukjong, Ok Jung consegue arrumar as coisas à tempo, e ela prossegue na seleção.
Com o término da seleção inicial, Ok Jung, disfarçada de homem, viaja com o príncipe Dong Pyeong, mas sua comitiva é atacada no caminho e ela acaba se afastando dos outros. Enquanto foge dos criminosos, Ok Jung acaba caindo de um penhasco, apesar do esforço do príncipe em protegê-la.











domingo, 22 de setembro de 2013

Queria que publicassem no Brasil...


Há alguns autores estrangeiros que eu gostaria muito de ler, mas cujos livros não foram publicados no Brasil ainda (ou sequer em português que eu saiba, em alguns casos). Sou fã de vários autores orientais, principalmente aqueles que abordam a cultura e a história de países como a China, a Coréia, o Japão, Índia, entre outros que por aqui conhecemos tão pouco. Sempre gostei de ler sobre outras culturas, conhecer a história, as tradições e forma de pensar das pessoas nesses locais. Então fiz essa lista de autores e seus livros que, na minha opinião, deveriam ser publicados no Brasil.

Autores com alguns livros publicados no Brasil:
  • Alma Alexander: 
O primeiro livro da série Jin-shei, Os segredos de Jin-shei, já foi lançado aqui, mas a continuação dele, The Embers of Heaven, ainda não. Vamos torcer para que seja lançado logo, pois a história parece bem interessante. 
  • Lisa See:
Lisa See já tem vários livros lançados por aqui, como Flor da Neve e o leque secreto As palavras do amor, entre outros. Mas a continuação de Garotas de Xangai, Dreams of Joy, ainda não chegou por aqui. Além disso, em 2014 ela vai lançar o China Dolls, espero que ele não demore para chegar por aqui.
  • Xinran:
Miss Chopsticks, único romance da Xinran, que costuma escrever livros de não-ficção, também não vi uma versão nacional. Lançado lá fora em 2007, a história parece ser bem comovente, sem mencionar que o livro da Xinran que eu li, Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida, é muito lindo e triste ao mesmo tempo. A maneira dela escrever é leve e emociona.
  • Nahoko Uehashi:
Depois de ler Moribito: O Guardião do Espírito (Seirei no Moribito), virei fã da autora. Uma pena que a série de 10 livros, teve apenas o primeiro lançado aqui, e apenas dois lançados em inglês, o que significa que provavelmente deve demorar bastante para ter o resto da série lançado no Brasil, se for lançado (nesses momentos é que queria saber ler em japonês). Na série O Guardião, além do que mencionei acima, há:
"Guardian of the Darkness" (闇の守り人 Yami no Moribito)
"Guardian of Dreams" (夢の守り人 Yume no Moribito)
"Traveler of Void" (虚空の旅人 Koku no Tabibito)
"Guardian of the God" (神の守り人 Kami no Moribito) (2 volumes)
    "The Book of Coming" (来訪編 Raihō hen) 
    "The Book of Returning" (帰還編 Kikan hen)
"Traveler of the Indigo-Blue Road" (蒼路の旅人 Sōro no Tabibito)
"Guardian of Heaven and Earth" (天と地の守り人 Ten to Chi no Moribito) (3 volumes)
    "The Kingdom of Lota" (ロタ王国編 Rota ōkoku hen)
    "The Kingdom of Kanbal" (カンバル王国編 Kanbaru ōkoku hen) 
    "The New Yogo Empire" (新ヨゴ皇国編 Shin Yogo ōkoku hen) 
"Wanderers" (流れ行く者 Nagare yuku mono) 
A autora também lançou no Japão outra série de fantasia chamada Kemono no Souja, que também foi adaptada para anime, como o Seirei no Moribito. Essa série tem 4 livros:
"The Beast Player I: The Fighting Serpent Chapter" (獣の奏者 I 闘蛇編 Kemono no Sōja Ichi: Tōda hen)
"The Beast Player II: The King Beast Chapter" (獣の奏者 II 王獣編 Kemono no Sōja Ni: Ōjū hen)
"The Beast Player III: The Quest Chapter" (獣の奏者 III 探求編 "Kemono no Sōja San: Tankyū hen")
"The Beast Player IV: The Final Chapter" (獣の奏者 IV 完結編 "Kemono no Sōja Yon: Kanketsu hen")
  • Margaret Drabble:
Apesar de ter alguns livros publicados aqui, aquele que mais me chamou a atenção ainda não foi. The Red Queen conta um pouco da história de uma Princesa Coreana que realmente existiu, e cujo livro de memórias só foi publicado na Coréia. Ambas as obras, tanto a da Margaret Drabble quanto a da própria princesa, eu gostaria muito de ler.
  • Anchee Min:
Com vários livros lançados no Brasil, entre eles Imperatriz Orquídea e Azaléia Vermelha, seus livros mais recentes ainda não foram: Pearl of China, que conta a história de Pearl S. Buck, Wild Ginger e The Cooked Seed, lançado esse ano.
  • José Frèches:
Autor da trilogia O Disco de Jade, que conta a história da dinastia Qin, desde de Lubuwei até o Primeiro Imperador da China, também escreveu mais duas séries sobre a China que parecem muito interessantes: Trilogia The Empress of Silk, que conta a história de Wu Zetian da dinastia Tang, e The Empire of Tears, que tem dois livros e aborda a China do meio do século XIX.
  • Laura Joh Rowland:
Autora de Shinju, seu único livro lançado no Brasil, possui tantas obras interessantes que fica difícil citar apenas algumas que gostaria que fossem lançadas por aqui. Mas para simplificar, acho que toda a série Sano Ichiro, merece ser lançada, e eu gostaria muito de lê-los.
  • Lesley Downer:
Com dois livros publicados no Brasil pela editora Record, espero que continuem a publicar as obras dela. Agora, em setembro mesmo, foi lançado o segundo romance dela, A Cortesã e o Samurai. Mas além desse e de A última concubina, que eu achei maravilhoso, eu gostaria que lançassem também Across a Bridge of Dreams, The Samurai's Daughter, Madame Sadayakko e A Geisha for the American Consul.
  • Su Tong:
Depois que assisti ao filme Raise the Red Lantern, fiquei muito curiosa quanto ao livro (que tem o mesmo título do filme). Mas apesar ser um livro antigo, lançado lá fora em 1993, nunca foi lançado por aqui (pelo menos eu nunca achei). Além desse, o My Life as Emperor eu só encontrei numa versão de Portugal, aqui no Brasil não chegou a ser lançado também. Uma pena!
  • Lian Hearn:
Além dos dois últimos livros da saga Otori, The Harsh Cry of the Heron e Heaven's Net is Wide, também gostaria que fosse lançado outro livro dela, Blossoms and Shadows.

Por enquanto só lembro desses. Mais tarde eu posto aqueles que ainda não possuem nenhuma obra publicada no Brasil, mas que parecem muito interessantes. Espero que os que citei acima sejam lançados por aqui, parecem ser excelentes livros e eu gostaria muito de ler cada um deles. Se não, terei que esperar até meu inglês melhorar para poder comprá-los importados (mas é tão caro... T_T).

Algumas capas das versões estrangeiras desses livros:



















Versão de Portugal

Versão de Portugal

Versão de Portugal