quinta-feira, 29 de maio de 2014

[Resenha] A Saga Otori 3: O Brilho da Lua

Autora: Lian Hearn
Editora: Martins Fontes
Ano: 2004
Tradução: Monica Stahel
Pgs: 356
Resenha:
Depois de finalmente se casar com Kaede, e com um maior número de guerreiros do que antes, Takeo decidiu que já era o momento de tomar uma atitude. Apesar de estar sendo caçado pela Tribo, ele conseguiu sobreviver às tentativas de assassinato dela, mas não poderia continuar escondido se quisesse completar sua vingança contra os Senhores Otori. Além disso, o casamento de Takeo e Kaede trouxe mais um poderoso inimigo contra eles, Arai, que se sentiu insultado e ordenou a captura de Takeo.
Junto de seus homens, guerreiros Otori que o consideravam  o verdadeiro herdeiro de Shigeru, Takeo partiu do monastério no qual se refugiara e treinara durante algum tempo em direção a Maruyama, herança de sua esposa, onde ele poderia organizar seus guerreiros e aumentar-lhes o número. Porém, outro reivindicava o território de Maruyama, o marido de uma parenta da falecida Senhora Naomi.
Quando conseguiram alcançar Maruyama, descobriram que as tropas inimigas já estavam lutando contra os guerreiros de Maruyama. Com a ajuda do filho de um guerreiro local, que conhecia o terreno, os homens de Takeo conseguiram surpreender os inimigos e auxiliar os homens de Maruyama a expulsá-los.
Com Maruyama garantida para a esposa, além de ter erradicado a influência da tribo no local, Takeo partiu para buscar uma aliança com um velho amigo, que junto do pai se tornara pirata. Takeo sabia que a única maneira de derrotar os Senhores Otori em seu próprio território seria pelo mar, e para isso precisava da ajuda dos piratas. Mas chegar até eles não seria fácil, pois estabeleceram moradia numa ilha isolada e perigosa.
Enquanto Takeo lutava para conquistar uma aliança vantajosa, Kaede, sentindo-se solitária e isolada em Maruyama, resolveu visitar as terras de sua família em Shirakawa. Ao chegar, percebeu que sua terra natal fora negligenciada e que suas irmãs haviam desaparecido. Ela descobriu que as irmãs foram levadas pelo Senhor Fujiwara, que considerava Kaede sua noiva e ficara furioso com sua ‘traição’. Deixando-se levar pela impaciência, Kaede partiu até a moradia de Fujiwara para exigir suas irmãs de volta, escoltada pelo grupo de guardas que trouxera contigo de Maruyama.
Após convencer o líder dos piratas, pai de seu velho amigo, dos benefícios de uma aliança e voltar para junto de seus homens, além de enfrentar severas complicações em seus planos, Takeo retorna para Maruyama, apenas para ser informado da ausência de sua esposa. Quando um dos jovens guerreiros que acompanhou Kaede na viagem alcançou Takeo, ele lhe contou sobre o massacre dos guardas e o aprisionamento de Kaede pelo Senhor Fujiwara, sendo ele próprio o único sobrevivente além da jovem Senhora Otori. Dividido entre seu dever e a necessidade de salvar Kaede, Takeo acabou percebendo que sua única chance seria confiar nos seus velhos conhecidos, e membros da tribo, seu antigo professor, Shizuka e seus filhos, que abandonaram a tribo devido ao assassinato de Yuki e por causa do afeto para com o casal Otori.
Apenas então começaria a batalha decisiva, que determinaria o futuro não apenas de Takeo e Kaede, mas de todas as ilhas que formavam o Império.

Minha Opinião:
Apesar do livro ser muito bom, algumas pequenas coisas me irritaram. Como por exemplo, a fraqueza e dependência de Kaede para com Takeo. Tudo bem que ela esta apaixonada e sente falta do marido, assim como ele também sente falta dela, mas diferente dele ela permite que isso a absorva quase que completamente. Ela, em vez de evoluir durante a história, pelo contrário, a impressão que se tem é que ela aos poucos está regredindo para aquela menina que não sabia de nada do começo da saga. Em vez de se impor como a verdadeira líder de Maruyama, ela aceita que a influência do marido se torne necessária para que possa decidir as coisas em seu próprio território. Nos dois primeiros livros, ela parece estar evoluindo, aprendendo a se impor, mesmo sendo uma mulher numa sociedade machista, porém, nesse terceiro livro, estando casada, ela se acomoda nessa posição e se permite ser inferiorizada.
Claro que essa é apenas minha opinião, pode ser que outros interpretem de outra maneira, mas não pude evitar me sentir irritada com algumas das atitudes dessa personagem no decorrer desse terceiro volume da saga.

Por Favor, Comentem!!

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