Autora: Lian
Hearn
Editora: Martins
Fontes
Ano: 2004
Tradução: Monica
Stahel
Pgs: 356
Resenha:
Depois de finalmente se casar com Kaede, e com um
maior número de guerreiros do que antes, Takeo decidiu que já era o momento de
tomar uma atitude. Apesar de estar sendo caçado pela Tribo, ele conseguiu
sobreviver às tentativas de assassinato dela, mas não poderia continuar
escondido se quisesse completar sua vingança contra os Senhores Otori. Além
disso, o casamento de Takeo e Kaede trouxe mais um poderoso inimigo contra
eles, Arai, que se sentiu insultado e ordenou a captura de Takeo.
Junto de seus homens, guerreiros Otori que o
consideravam o verdadeiro herdeiro de
Shigeru, Takeo partiu do monastério no qual se refugiara e treinara durante
algum tempo em direção a Maruyama, herança de sua esposa, onde ele poderia
organizar seus guerreiros e aumentar-lhes o número. Porém, outro reivindicava o
território de Maruyama, o marido de uma parenta da falecida Senhora Naomi.
Quando conseguiram alcançar Maruyama, descobriram
que as tropas inimigas já estavam lutando contra os guerreiros de Maruyama. Com
a ajuda do filho de um guerreiro local, que conhecia o terreno, os homens de
Takeo conseguiram surpreender os inimigos e auxiliar os homens de Maruyama a
expulsá-los.
Com Maruyama garantida para a esposa, além de ter
erradicado a influência da tribo no local, Takeo partiu para buscar uma aliança
com um velho amigo, que junto do pai se tornara pirata. Takeo sabia que a única
maneira de derrotar os Senhores Otori em seu próprio território seria pelo mar,
e para isso precisava da ajuda dos piratas. Mas chegar até eles não seria
fácil, pois estabeleceram moradia numa ilha isolada e perigosa.
Enquanto Takeo lutava para conquistar uma aliança
vantajosa, Kaede, sentindo-se solitária e isolada em Maruyama, resolveu visitar
as terras de sua família em Shirakawa. Ao chegar, percebeu que sua terra natal
fora negligenciada e que suas irmãs haviam desaparecido. Ela descobriu que as
irmãs foram levadas pelo Senhor Fujiwara, que considerava Kaede sua noiva e
ficara furioso com sua ‘traição’. Deixando-se levar pela impaciência, Kaede
partiu até a moradia de Fujiwara para exigir suas irmãs de volta, escoltada
pelo grupo de guardas que trouxera contigo de Maruyama.
Após convencer o líder dos piratas, pai de seu
velho amigo, dos benefícios de uma aliança e voltar para junto de seus homens,
além de enfrentar severas complicações em seus planos, Takeo retorna para
Maruyama, apenas para ser informado da ausência de sua esposa. Quando um dos
jovens guerreiros que acompanhou Kaede na viagem alcançou Takeo, ele lhe contou
sobre o massacre dos guardas e o aprisionamento de Kaede pelo Senhor Fujiwara,
sendo ele próprio o único sobrevivente além da jovem Senhora Otori. Dividido
entre seu dever e a necessidade de salvar Kaede, Takeo acabou percebendo que
sua única chance seria confiar nos seus velhos conhecidos, e membros da tribo,
seu antigo professor, Shizuka e seus filhos, que abandonaram a tribo devido ao
assassinato de Yuki e por causa do afeto para com o casal Otori.
Apenas então começaria a batalha decisiva, que
determinaria o futuro não apenas de Takeo e Kaede, mas de todas as ilhas que
formavam o Império.
Minha
Opinião:
Apesar do livro ser muito bom, algumas pequenas coisas
me irritaram. Como por exemplo, a fraqueza e dependência de Kaede para com
Takeo. Tudo bem que ela esta apaixonada e sente falta do marido, assim como ele
também sente falta dela, mas diferente dele ela permite que isso a absorva
quase que completamente. Ela, em vez de evoluir durante a história, pelo
contrário, a impressão que se tem é que ela aos poucos está regredindo para
aquela menina que não sabia de nada do começo da saga. Em vez de se impor como
a verdadeira líder de Maruyama, ela aceita que a influência do marido se torne
necessária para que possa decidir as coisas em seu próprio território. Nos dois
primeiros livros, ela parece estar evoluindo, aprendendo a se impor, mesmo
sendo uma mulher numa sociedade machista, porém, nesse terceiro livro, estando
casada, ela se acomoda nessa posição e se permite ser inferiorizada.
Claro que essa é apenas minha opinião, pode ser que
outros interpretem de outra maneira, mas não pude evitar me sentir irritada com
algumas das atitudes dessa personagem no decorrer desse terceiro volume da
saga.
Por Favor, Comentem!!
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