segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

[Resenha] A Imperatriz Orquídea

Autora: Anchee Min
Editora: Rocco
Ano: 2006
Tradução: Jussara Simões
Pgs: 431
Resenha:
Depois de acompanhar, por um duro caminho, o caixão do pai até a capital imperial, junto do restante da família, Orquídea conheceu a Grande Irmã Fann, quem lhe contou sobre a antiga imperatriz, já falecida, a quem a Grande Irmã servira.
“Para impedir que o filho assistisse ao horror, a imperatriz Chu Na me ordenou que tirasse Hsien Feng dali.” Pg. 31

Quando passou na seleção e se tornou uma concubina do imperador, Orquídea fez amizade com Nuharoo, futura imperatriz consorte. Mas o bom relacionamento das duas nem sempre seria fácil.
Ao conseguir ficar grávida do imperador, Orquídea melhorou seu status dentro da Cidade Proibida. Porém, depois do nascimento do menino, herdeiro do trono e único filho do imperador, Orquídea se viu impedida de criá-lo pela própria imperatriz.
“Assolou-me a sensação do desvalido. Minha frustração transformou-se em tristeza. Daqui, para onde eu iria?” Pg. 120

“Os eunucos ensinavam os pássaros a cantar, falar e fazer truques. A maioria dos pássaros era exótica e tinha nomes esquisitos como Acadêmico, Poeta, Doutor e Sacerdote Tang.” Pg. 172

Com a morte do imperador, após a fuga da capital atacada, Orquídea e Nuharoo se encontraram nomeadas como regentes do novo imperador, junto de ministros nomeados pelo falecido. Antes de poderem retornar a Cidade Proibida, o grupo que as escoltavam foi atacado no meio do caminho. Orquídea quase morreu, mas foi salva por Yung Lu, que se tornaria se grande amor secreto, com quem jamais poderia ficar apesar dele lhe corresponder o sentimento.
“A determinação de Kung,Ch’um e Ts’eng me deixou orgulhosa de ser manchu. Não me surpreendi com a covardia de Hsien Feng. Perder os fortes de Taku o desanimou, e ele só queria fugir e esconder-se.” Pg. 303

Não entrei em muitos detalhes, pois isso atrapalharia a leitura desse ótimo livro. O livro narra a história da Imperatriz Viúva Cixi desde a infância até seu retorno a Cidade Proibida após a morte do marido, como regente do filho. A segunda parte da história dessa mulher impressionante é narrada no livro A última imperatriz.

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Minha opinião:

Definitivamente, esse é um dos meus livros favoritos. Um romance interessante e gostoso de ler, com personagens reais e marcantes. Apesar da reputação de mulher monstruosa que destruiu a China imperial de Tzu Hsi, a autora mostra, de forma clara, mas romanceada, que era exatamente o oposto. Forçada a assumir a direção do Império por causa da menoridade do filho e da falta de interesse de Nuharoo no governo, Tsu Hsi foi capaz de manter o país unido. E demonstrou para uma sociedade machista que ser mulher não a tornava menos capaz ou menos inteligente do que qualquer homem no governo. Uma grande história, que vale a pena ser lida.

Por Favor, Comentem!!

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