quarta-feira, 9 de outubro de 2013

[Resenha] O Império é Você

O Império é Você
Autor: Javier Moro
Editora: Planeta
Ano: 2012
Tradução: Clene Salles
Pgs: 496
Resenha:
O príncipe Pedro, aos 18 anos, se apaixonou por uma jovem francesa de origem humilde. Sua mãe, Carlota Joaquina, uma mulher desagradável, de péssimo temperamento (que combinava com a péssima aparência) e orgulho exagerado, ficou contra o romance, e fez de tudo para impedir que o romance continuasse.
“Com o passar dos anos, Carlota não tinha melhorado nem em seu aspecto físico, nem seu caráter. Suas feições haviam endurecido, seu coxear havia se acentuado e tinha a pele mais áspera do que nunca.” Pg. 51
Graças a Carlota, o romance não durou, e a jovem deixou o Rio de Janeiro. Alguns anos depois, devido ao árduo trabalho do marquês de Marialva em Viena, Dom João VI conseguiu uma jovem e culta princesa, do berço mais dourado da época, para se casar com seu filho Pedro. A princesa era Leopoldina, arquiduquesa da Áustria, que não foi considera bonita por Marialva, nem tão pouco feia. Tendo sido educada numa das famílias mais poderosas da Europa, era inteligente, culta, mas também era gentil e generosa, ou seja, um modelo de princesa européia. De início, Leopoldina, iludida pelo marquês, acreditava que a corte Portuguesa no Brasil possuía tanto conforto quanto o restante das cortes na Europa, que o Brasil era um paraíso e que seu futuro marido era um exemplo de príncipe. Porém, ao se deparar com a realidade no decorrer dos anos de casamento, lamentou seu triste destino, guardando seus lamentos para si ou dividindo-os com sua família em Viena.
“Pedro abandonou seus afazeres nos pátios quando a dama de companhia de sua mulher, assustada, foi avisá-lo do estado em que se encontrava Leopoldina.” Pg. 129
Quando Dom João VI e Carlota Joaquina retornaram com a corte para Portugal, Pedro e Leopoldina permaneceram no Brasil, para desgosto da princesa grávida, onde posteriormente se tornariam Imperador e Imperatriz, e com a ajuda de José Bonifácio, lutaram pela independência brasileira.
“Domitila suspirou profundamente e agradeceu-lhe de ‘todo o coração’, lamentando má sorte de ter encontrado um marido como aquele, tão ‘bruto e ciumento’, como definiu.” Pg. 230

A administração de uma jovem nação independente dava muito trabalho, mas não era apenas isso que ocupava a mente do imperador. Pedro sempre teve vários casos com diversas mulheres, porém, na época da independência, ele havia começado um caso que ajudaria a abalar sua credibilidade com os brasileiros. Essa sua notória amante era Domitila, a marquesa de Santos, com quem ele manteria um romance durante vários anos, expondo Leopoldina a uma série de humilhações, que comprometeriam sua saúde, provocando sua morte prematura aos trinta e poucos anos.
“Sentindo-se ameaçado, Barbacena não perdeu nem a compostura, nem se acovardou. Conhecendo a impulsividade do imperador, reagiu de maneira digna e prudente, procurando se manter sobre a frágil linha que separava sua própria honra da vontade de não exacerbar a fúria imperial.” Pg. 420
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Minha Opinião:
Quando comecei a lê-lo, eu já conhecia o autor, Javier Moro, portanto já estava familiarizada com o estilo dele, que é bem fácil de ler. Admito que não conhecia tão bem a história de Dom Pedro I, apenas o básico que aprendi nas aulas de História do colégio, por isso fiquei interessada nesse livro. E realmente não me arrependi de ler. A história foi bem desenvolvida, o autor obviamente pesquisou bastante, porque depois eu li ambos os livros de Laurentino Gomes, e de fato ambos os livros estavam de acordo um com o outro. É um ótimo livro para quem quer conhecer melhor essa parte da história nacional, e prefere ler histórias romanceadas.

Por Favor, Comentem!!

Um comentário:

  1. Estou lendo o livro. Gosto muito dos romances históricos de Javier Moro. A história está interessante, mas... que tradução cheia de erros ortográficos!!! São tantos erros que não se pode atribuir a simples problema de digitação ou de impressão. Lastimável que a editora tenha lançado o livro sem nenhuma revisão decente...

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