Autor: Javier Moro
Editora: Planeta
Ano: 2012
Tradução: Clene Salles
Pgs: 496
Resenha:
O príncipe Pedro, aos 18 anos, se apaixonou por uma jovem francesa de
origem humilde. Sua mãe, Carlota Joaquina, uma mulher desagradável, de péssimo
temperamento (que combinava com a péssima aparência) e orgulho exagerado, ficou
contra o romance, e fez de tudo para impedir que o romance continuasse.
“Com o passar dos anos, Carlota não tinha melhorado nem em seu aspecto físico, nem seu caráter. Suas feições haviam endurecido, seu coxear havia se acentuado e tinha a pele mais áspera do que nunca.” Pg. 51
Graças a Carlota, o romance não durou, e a jovem deixou o Rio de
Janeiro. Alguns anos depois, devido ao árduo trabalho do marquês de Marialva em
Viena, Dom João VI conseguiu uma jovem e culta princesa, do berço mais dourado
da época, para se casar com seu filho Pedro. A princesa era Leopoldina,
arquiduquesa da Áustria, que não foi considera bonita por Marialva, nem tão
pouco feia. Tendo sido educada numa das famílias mais poderosas da Europa, era
inteligente, culta, mas também era gentil e generosa, ou seja, um modelo de
princesa européia. De início, Leopoldina, iludida pelo marquês, acreditava que a
corte Portuguesa no Brasil possuía tanto conforto quanto o restante das cortes
na Europa, que o Brasil era um paraíso e que seu futuro marido era um exemplo
de príncipe. Porém, ao se deparar com a realidade no decorrer dos anos de
casamento, lamentou seu triste destino, guardando seus lamentos para si ou
dividindo-os com sua família em Viena.
“Pedro abandonou seus afazeres nos pátios quando a dama de companhia de sua mulher, assustada, foi avisá-lo do estado em que se encontrava Leopoldina.” Pg. 129
Quando Dom João VI e Carlota Joaquina retornaram com a corte para
Portugal, Pedro e Leopoldina permaneceram no Brasil, para desgosto da princesa
grávida, onde posteriormente se tornariam Imperador e Imperatriz, e com a ajuda
de José Bonifácio, lutaram pela independência brasileira.
“Domitila suspirou profundamente e agradeceu-lhe de ‘todo o coração’, lamentando má sorte de ter encontrado um marido como aquele, tão ‘bruto e ciumento’, como definiu.” Pg. 230
A administração de uma jovem nação independente dava muito trabalho,
mas não era apenas isso que ocupava a mente do imperador. Pedro sempre teve
vários casos com diversas mulheres, porém, na época da independência, ele havia
começado um caso que ajudaria a abalar sua credibilidade com os brasileiros.
Essa sua notória amante era Domitila, a marquesa de Santos, com quem ele
manteria um romance durante vários anos, expondo Leopoldina a uma série de
humilhações, que comprometeriam sua saúde, provocando sua morte prematura aos
trinta e poucos anos.
“Sentindo-se ameaçado, Barbacena não perdeu nem a compostura, nem se acovardou. Conhecendo a impulsividade do imperador, reagiu de maneira digna e prudente, procurando se manter sobre a frágil linha que separava sua própria honra da vontade de não exacerbar a fúria imperial.” Pg. 420
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Minha Opinião:
Quando comecei a lê-lo, eu já conhecia o autor, Javier Moro, portanto
já estava familiarizada com o estilo dele, que é bem fácil de ler. Admito que
não conhecia tão bem a história de Dom Pedro I, apenas o básico que aprendi nas
aulas de História do colégio, por isso fiquei interessada nesse livro. E
realmente não me arrependi de ler. A história foi bem desenvolvida, o autor
obviamente pesquisou bastante, porque depois eu li ambos os livros de
Laurentino Gomes, e de fato ambos os livros estavam de acordo um com o outro. É
um ótimo livro para quem quer conhecer melhor essa parte da história nacional,
e prefere ler histórias romanceadas.
Por Favor, Comentem!!
Estou lendo o livro. Gosto muito dos romances históricos de Javier Moro. A história está interessante, mas... que tradução cheia de erros ortográficos!!! São tantos erros que não se pode atribuir a simples problema de digitação ou de impressão. Lastimável que a editora tenha lançado o livro sem nenhuma revisão decente...
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