terça-feira, 24 de dezembro de 2013

[Resenha] Bando de Pardais

Autor: Takashi Matsuoka
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2004
Tradução: Heloisa Maria Leal
Pgs: 476
Resenha:
Genji Okumichi, grande senhor de Akaoka, possui uma habilidade que é transmitida a um membro do clã a cada geração. Seu antecessor fora seu tio Shigeru. Porém, essa habilidade de ter visões do futuro é diferente em cada pessoa. Shigeru enlouqueceu por causa de suas visões constantes e confusas, que o fez perder a noção do que era real e o que não era. Mas Genji, segundo seu avô que também possuía a habilidade, teria apenas três visões em toda sua vida, que seriam cruciais para ele e o clã.
“O capitão da artilharia empalideceu ao ouvir o nome do chefe da polícia secreta. Bruscamente deu meia-volta e afastou-se. Enquanto Genji e Saiki recebiam os missionários no cais,...” Pg. 58
Quando três missionários cristãos chegaram no Japão, Genji os recebeu e os acolheu em seu castelo. Os membros do clã, que não estavam acostumados com os ocidentais, estranharam a aparência dos 3 americanos, os considerando extremamente feios, e até mesmo repulsivos (estavam certos com relação ao Zephaniah, que de acordo com a descrição, deveria ser bem feio mesmo para seus conterrâneos).
“Não sentia mais nenhuma dor; na verdade, não sentia mais o próprio corpo, estando seus cinco sentidos reduzidos a dois.” Pg. 140
Levou algum tempo para ambos os lados se habituarem com o outro, mas o perigo se aproximava. Nem todos gostavam da presença dos ocidentais, e o chefe da polícia secreta do Xogum, Kawakami, já tinha uma profundo desprezo pelo clã Okumichi antes mesmo dos missionários aparecerem. Usando sua posição, ele manteve vigilância no clã rival, e até mesmo infiltrou uma ninja no seio do clã.
“Embora tanto Genji quanto Heiko permanecessem vestidos, havia um número mais do que suficiente de aberturas em seus trajes para permitir intimidades da mais alta e tórrida ordem.” Pg. 210
A briga de Kawakami e o clã Okumichi se tornaria tensa e causaria muitos estragos no decorrer do tempo, porém, Genji, com a ajuda de Emily e Matthew (2 dos missionários), lutaria para proteger seu clã e compreender o que suas visões estão lhe mostrando antes que fosse tarde demais.
“Dizem os sábios que a felicidade e o sofrimento são um só. Será porque, ao encontrarmos o primeiro, também encontramos o segundo?” Suzume-No-Kumo (1861)/ Pg. 329
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Minha opinião:
Gostei muito do livro, apesar de em alguns trechos da história eu preferisse que acontecesse de forma diferente. Quem gosta de histórias sobre o Japão, principalmente no período do xogunato, vai gostar também. Particularmente, a única coisa que não me convenceu no livro e que se fosse diferente teria ficado melhor foi a descrição de Emily. No livro ela descrita como uma loira irresistível e cheia de curvas, traumatizada no passado por causa de sua beleza. Ficou muito superficial, estranho mesmo. Simplesmente não me convenceu. Além disso, em alguns momentos ela parece uma jovem ingênua, em outras ela parece uma mulher traumatizada. Acho que, se a personagem fosse mais realista e menos superficial, a história ficaria bem melhor.
Por Favor, Comentem!!

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