A amante da China
Autor: Ian Buruma
Editora: Record
Ano: 2011
Tradução: Flavia Souto Maior
Pgs: 414
Resenha:
A primeira parte é narrada por Sato Daisuke, um japonês que conheceu Yoshiko na Manchúria. Ela ajudou a torná-la uma estrela na Manchúria, sob o nome Ri Koran, além de usar suas músicas e popularidade para transmitir uma imagem da ocupação japonesa na China que estava longe de ser verdadeira. Quando Yoshiko, que no início era apenas uma garotinha de 13 anos, finalmente percebe que sua carreira estava sendo usada para uma mentira, ficou muito decepcionada com aqueles que a ajudaram a chegar à fama.
“O problema com o entretenimento japonês em Manchukuo não era a falta de dinheiro ou de boa vontade. Uma vez que os estúdios de cinema, assim como as emissoras de rádio, foram fundados pelo governo, havia muita verba para gastar com os melhores equipamentos...” Pg. 23
Na segunda parte, o Japão já havia se rendido e muitos soldados americanos estavam no solo japonês. Desta vez o narrador é o americano Sidney Vanoven. Apaixonado por cinema, Sidney conta como conheceu Yoshiko, que nessa época usava o nome Shirley Yamaguchi. Depois da decepção com a carreira na Manchúria, Yoshiko foi para o Japão, onde suas músicas e filmes haviam feito muito sucesso. Uma inesperada amizade entre os dois surgiu, após Sidney ter se admirado com os filmes de Yoshiko.
“Ela estava efervescendo de empolgação. Havia tanto o que contar. Oh, as pessoas que ela havia conhecido! Charlie e Yul e King!” Pg. 228
A terceira e última parte é narrada por Sato Kenkichi, que viajou com Yoshiko para o Oriente Médio, mostrando os horrores e o desrespeito aos direitos humanos presente naqueles locais atingidos pela guerra. Vivenciaram o sofrimento e lutaram para mostrar o que viram nesses lugares.
“Eles rabiscaram seu endereço no bloquinho dela. Dez anos depois, tanto o garoto quanto seus pais estariam mortos...” Pg. 367
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Minha Opinião:
Esse livro é um pouco cansativo em algumas partes, por isso pode não ser qualquer um que goste da leitura. Pessoalmente, em algumas partes eu quase desisti de terminar de ler, mas a história é tão interessante que continuei até o final. Apesar de não ser um dos meus livros favoritos, pode ser uma boa opção para quem gosta de ler sobre a história moderna da Ásia, principalmente China e Japão.
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