sábado, 3 de agosto de 2013

[Resenha] A cidade do Sol

A cidade do sol
Autor: Khaled Hosseini
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2007
Tradução: Maria Helena Rouanet
Pgs: 365
Resenha:
Mariam, quando pequena, morava com a mãe solteira, mas seu pai às vezes a visitava. Ela esperava ansiosamente pelas visitas do pai, que fazia tudo que ela desejava nesses curtos momentos. Porém, seu relacionamento com a mãe era um pouco mais complicado.
“Percebeu que as mulheres se entreolharam rapidamente, por cima da cabeça de Jalil que estava afundado na cadeira, fitando a jarra de água sem parecer vê-la efetivamente.” Pg. 47
Quando a mãe de Mariam tirou a própria vida, Mariam foi morar com o pai, Jalil, que possuía outra família. Mas ela não foi muito bem recebida na casa de Jalil, as esposas não a queriam morando com elas e Jalil não pareceu disposto a mantê-la por perto. Não demorou nada para que Jalil encontrasse um marido para a jovem Mariam, que tinha 15 anos na época. Ele a entregou para um homem mais velho, de fortuna considerável, chamado Rashid. Logo ficou claro para Mariam o homem monstruoso para quem Jalil a empurrou com tanta pressa.
“E, de repente, Mariam teve a certeza de que suas suspeitas tinham fundamento. Com um pavor que mais pareceu uma pancada estonteante na cabeça, ela entendeu tudo: Rashid estava cortejando aquela menina.” Pg. 186
Enquanto Mariam sofria em silêncio nas mãos de Rashid durante anos, Laila, uma menina ainda, vivia com os pais. A mãe de Laila passava quase todo seu tempo rezando pelo retorno seguro de seus filhos mais velhos que lutavam na guerra, não sobrando tempo para dedicar a filha mais nova. O pai de Laila, um velho professor de universidade, compensava a ausência da mãe sendo um pai dedicado e carinhoso, ensinando-a com esmero tudo que sabia, tornando-a a jovem inteligente que viria a ser. Mas então, uma tragédia atingiu a família com a chegada da notícia da morte dos irmãos mais velhos de Laila, o que deixou sua mãe desolada e muito deprimida. Durante essa época sombria, o maior apoio de Laila era seu amigo Tariq, com quem viveu, durante um curto tempo, um paixão juvenil. Outra tragédia porém, também chegou à Laila na forma de um ataque, que causou a morte do que restava de sua família, além disso, seu primeiro amor, Tariq, também seria considerado morto, a deixando sozinha e grávida, à mercê da manipulação do velho Rashid, que logo a tornou sua nova esposa. Foi então que Laila conheceu, de verdade, Mariam, com quem criou um forte laço durante os anos de sofrimento na casa de Rashid. 
“De repente, a vida de Laila tinha se transformado nisso: encontrar um jeito de ver Aziza.” Pg. 282
Demoraria muito anos para que ambas, então com duas crianças para proteger, teriam uma oportunidade de se libertarem de Rashid, mesmo que fosse muito difícil e extremamente perigoso, uma vez que o talibã controlava o país e tinha uma visão bem semelhante ao de Rashid quanto ao lugar da mulher na sociedade islâmica.

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Minha Opinião:
Um dos meus livros favoritos. A jornada de Mariam e Laila é incrível, todo o sofrimento dessas duas mulheres representa o que as mulheres muçulmanas no Oriente Médio enfrentam. Ainda melhor que “O caçador de pipas” na minha opinião. Confesso que no momento em que Jalil vendeu Mariam para Rashid (porque para mim foi exatamente isso que esse pai desnaturado fez) eu fiquei revoltada, quis bater naquele homem. Sem mencionar, é claro, o monstro do Rashid, porque com todas as atrocidades que ele faz tanto para Mariam quanto para Laila, ele não pode ser considerado um homem.
Resumindo, quem leu “O caçador de pipas” e gostou, pode ler esse livro sem medo, e quem nunca leu nada do Khaled Hosseini, pode começar por esse que não vai se arrepender.

Por Favor, comentem!!!!

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