Autora: Rani Manicka
Editora: Rocco
Resenha:
Parvathi era uma garota do norte do Ceilão, cuja família era muito
pobre de dependente de um pai com um péssimo caráter. O pai de Parvathi, que
achava que sustentar a filha era um fardo, não demorou para planejar um
casamento vantajoso para a família.
O noivo escolhido era um homem mais velho, muito rico, conhecido como
Kasu Marimuthu. Ele vivia na Malásia, em seu palacete, com vários criados. O
casamento não foi o que ambos esperavam, principalmente ela. O relacionamento
deles foi complicado desde o início. Ao conhecê-la, ele se sentiu enganado, uma
vez que Parvathi não era como ele pensava. Ela passava a maior parte de seu
tempo sozinha, e acabou fazendo amizade com dois dos criados. Com eles, ela
começou a aprender, não só sobre seu novo lar, mas também sobre as pessoas ao
seu redor.
“Mas, ao descer a escada, ele começou a se sentir cada vez menos aborrecido por ter feito aquele convite inesperado. Era certo que quando ela voltasse para casa seria vista como a infeliz que não tinha conseguido conservar o marido” Pg. 47
Depois de algum tempo de casamento, Kasu Marimuthu trouxe uma menina para morar com eles. A menina era filha ilegítima dele com uma
dançarina. Parvathi criou a menina com todo o carinho, como se fosse sua,
apesar da relutância de pequena em aceitá-la, mesmo depois de Parvathi ter seu
próprio filho.
“Parvathi baixou a cabeça, envergonhada. Ela não ia mais trabalhar na terra. Sabia que Kasu Marimuthu estava esperando que ela falasse alguma coisa, mas ficou calada.” Pg. 123
Quando ficou viúva, Parvathi continuou no palacete cuidando das
crianças, mas acabou tendo que lidar com uma situação perigosa para sua
família. Soldados japoneses invadiram Malásia, e um de seus generais queria
usar o palacete como um quartel temporário para ele e seus homens. Sozinha, sem
ter como impedi-los de se apropriarem do palacete, Parvathi teve que reunir
toda sua coragem para evitar que o pior ocorresse com sua família. Porém, não
seria nada fácil, já que entre ela e o general invasor começou a surgir um
sentimento profundo e diferente de tudo que ela já sentira antes.
“Adari estava totalmente às escuras quando ela chegou. Ela foi procurá-lo no escritório, que estava iluminado por dois lampiões a querosene.” Pg. 219
À partir de então, Parvathi teve que lidar com seus sentimentos e aproveitar
essa oportunidade para ser feliz, mesmo que por pouco tempo. Ou fazer o que se
esperava dela, odiar aquele homem que invadira seu lar.
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Minha opinião:
Uma leitura bem gostosa. A história é muito interessante e a forma como
Rani Manicka escreve é bem leve e fluida. Depois que comecei a ler a história
de Parvathi ficou difícil parar de ler. Os personagens são cativantes e
exóticos, além de bem desenvolvidos ao longo da história.
Além disso, a capa da versão nacional é simplesmente lindíssima, foi
por causa dela que de início me interessei pelo livro, já que ainda não
conhecia a autora. Essa edição da Rocco ficou muito linda mesmo.
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